domingo, 12 de junho de 2016

Half a Heart - 5° Capitulo




Comecei bem no meu primeiro dia de trabalho. Meu chefe, Lauther é muito simpático e atencioso, me deixou a par de toda situação do escritório e ganhei uma sala só pra mim. Minhas colegas de trabalho, Hellen, Samantha e Emilly são simpáticas e legais.
Meu primeiro dia não teve muita coisa pra eu fazer. Mas pra mim, no primeiro dia, estava ótimo. Almocei com as meninas e liguei para Els,contei como foi e voltei ao trabalho já com um cliente para atender. Adoro vender casa. E consegui, ganhei meus parabéns, não que isso é necessário, mas fiquei satisfeita. Ás 15:oohs fui embora, encerrou meu trabalho.
Fui para minha casa terminar de arrumar minha casa, era tanta coisa pra eu fazer nela e além disso, preciso arrumar alguém pra limpa-la. Acho que não vou ter tempo pra fazer isso, apesar de gostar.

Fiquei o resto da tarde em casa de boa, até tocarem a campainha. Fui olhar, era uma senhora. Fui até o portão ver o que seria.

S/n: Boa tarde! -disse sorridente.
XXX: Olá moça, sou sua vizinha aqui do lado, me chamo Luane, mas pode me chamar de Sra. Killer.
S/n: Ah, prazer, (S/n). Entre, por favor.
Sra. Killer: Meu filho esta vindo, só um minutinho.
XXX: Claro!

E logo um rapaz se posicional ao seu lado.

XXX: Prazer, Pablo!
S/n: Prazer, (S/n). Entrem.

Eles entraram e fechei o portão, nos sentamos nos sofás da sala, ganhei um bolo que estava com um cheiro delicioso, nos servi.

Sra. Killer: O que a trás para cá?!
S/n: Recomeçar minha vida.
Pablo: Um ótimo lugar! -sorriu.
S/n: Também acho.

Terminamos de comer enquanto comíamos o bolo. Sra. Killer é muito simpática, seu filho um pouco atirado,mas legal. Quando eles foram embora, fui olhar meu celular, tinha duas chamadas perdidas da Els. Liguei de volta.

Ligaçã on>
Els: Pensei que tinha morrido.
S/n: Desculpa!
Els: O que estava fazendo?! Conte-me tudo.
S/n: Conhecendo alguns vizinhos.
Els: Que legal, mas agora mudando de assunto antes que me batem. Louis deu a ideia de irmos para sua casa. Detalhe importante, vamos eu, Louis, Liam e Niall. Tudo bem?!
S/n: Ah, claro! Venham.
Louis: ESTAMOS INDO !!! -gargalhei.
S/n: Espero vocês!
Ligação off>

Deixei algumas cobertas e travesseiros arrumados caso fosse preciso. os quartos arrumados, a geladeira estava cheia. A campainha tocou de novo. Não ouvi barulho nenhum de carro então talvez não sejam eles. Fui olhar e era um casal.

S/n: Em que posso ajudar?
XXX; Oi, sou Emerson, prazer, essa é minha irmã, Allici.
Allici: Oi.
S/n: Prazer, (S/n)!
Allici: Acabamos de ver Sra. Killer sair daqui e o Pablo. Moramos aqui na frente.

Um carro luxuoso estacionou, nós três olhamos.

Emerson: Que carrão. Bom voltamos outro dia.
S/n: Obrigada por terem vindo!
Allici: Qualquer coisa, estamos aqui. Ah, somos irmãos. Então acho que vou passar o resto da noite ouvindo sobre você.
Emerson: Ah meu Deus. Tchau!

E foram embora, atravessaram a rua, Emerson disse algo e Allici bateu nele, ri com a cena.
Olhei para o carro que já estava desligado, o vidro do carona foi aberto e vi Els, estava com o controle na mão, abri o portão para entrarem com o carro, entraram e fechei o mesmo.

Quando Niall saiu do carro veio correndo me abraçar. AMOOOO!

Louis: Não  sei quem é mais falso de vocês. -gargalhei.
S/n: Oi Lou! -abracei-o.
Els: Trouxemos filmes, doces para a senhorita e Niall.

Entramos, Liam só disse um 'oi' simples. Deixei que eles vissem a casa por conta própria. Arrumei a mesinha da sala com as comidas. nos sentamos e ficamos conversando.

Louis: Liam, o que aconteceu agora?!
Niall: Ele está tímido.
Els: Sem necessidade.
Liam: Não é nada.

...

Desde aquele dia na minha casa, Liam estava meio contraditório com suas ações, as vezes queria minha companhia e ficava perto de mim, as vezes, me ignorava, pelo menos tentava já que Louis ficava pegando no seu pé pra para de agir como criança birrenta.
Mas não era com o humor bipolar dele que eu estava preocupada e sim com o que eu começava a sentir com isso.
Eu ficava feliz quando ele conversava comigo, até demais, mas quando ele me ignorava, eu não consegui decifrar o que eu sentia, é confuso.
Mas eu tentava fingir que nada estava acontecendo internamente comigo, mas Niall já estava meio desconfiado, percebi pelas perguntas que me fazia do nada em relação a Liam.
Com essa confusão toda de sentimento, eu tentei ficar mais fria com ele, não é justo isso.
Com isso, foquei mais no meu trabalho, sempre quis ter uma vida bem sucedida e estou tendo essa oportunidade, além dos meus vizinhos, estou muito mais próxima deles, quase todo dia saio pra correr com Pablo, ou dou umas voltinhas com Allici e Emerson que sempre estão disponíveis pra um bate papo legal.
Tem as meninas do trabalho também, bem, elas não são tão gentis assim, mas são educadas, já meu chefe, é gentil até de mais. Lauther está sempre sorridente comigo, Emilly disse pra tomar cuidado, a última funcionário que foi pra cama com ele amanheceu desempregada, nem me atrevo a isso, até mesmo porque, estou em uma guerra sentimental e a arma se chama Liam Payne,





LITTLE THINGS
7° CAPITULO

Dias depois>
Eu não sei ao certo que substância usaram em mim que teve um efeito tão rápido na minha cura, eu ainda estou tendo que tomar alguns remédios, mas nada comparado aos de antes. Fiz vários exames e ainda não estava cem por cento curada, mas quase, e com isso, Louis se afastou de mim. Dr. Fábio tomou conta do meu tratamento. Louis pegou alguns dias de folga, eu sentia falta dele por perto, mesmo que sem conversar.

Minha relação com meu pai mudou, eu não conseguia mais olhar com a mesma admiração de antes que eu sentia por ele, isso acabou. Ele me ignorou quando eu precisei. Com Belly, não sei explica, as vezes consigo ser legal com ela, as vezes não quero-a por perto.

Flash Back on>                                                             
Belly: Já percebi sua indecisão. Eu não fico magoada com isso, eu entendo que foi muito difícil pra você me aceitar, mas eu quero que saiba, que quando você quiser, eu estarei aqui.
S/n: Obrigada Belly!
Flash Back off>

Não tive coragem de perguntar sobre seus atos quando eu estava internada. Mas prefiro deixar isso de lado.

S/n: Mano, está bom assim?!

Referi-me a roupa que eu usava.
ela está usando touca

Dereck: Onde você vai assim?!
S/n: Preciso ver alguém, estou devendo uma visita.
Dereck: Louis?!
S/n: É. –sorri tímida.
Dereck: Está linda!

Dereck me levou até o apartamento de Louis, meu estômago se apertava cada vez mais. Pedi ao recepcionista para não anunciar minha subida, toquei a campainha e logo ele abriu a porta, ficou surpreso a me ver.

Louis: S/n?!
S/n: Oi. –disse um pouco tímida.
Louis: Entra, só não repara a bagunça, ainda não comecei a arrumar.
S/n: Tudo bem.

Entrei e ele fechou a porta, olhou-me curioso.

Louis: Você quer algo? Não avisou que vinha.
S/n: Eu queria agradecer você.
Louis: Por?!
S/n: Por ter cuidado de mim no hospital e... e tudo mais.
Louis: Ah claro, isso.

Sentou-se no sofá e permaneceu de cabeça baixa mexendo nas mãos.

Louis: Eu fiz isso por amor. Você sabe disso e faria e novo.

Sentei-me do seu lado e segurei uma de suas mãos e isso fez ele me olhar.

S/n: E me desculpa.
Louis: Sobre!?
S/n: Pela maneira que eu te tratei.

Ele acariciou minha mão, desviei meus olhos dos seus.

Louis: Eu entendo. Olha se é só isso, não se preocupa, eu fiz o que tinha que fazer...
S/n: Tem mais.

Respirei fundo, minha coragem pra falar estava fugindo. Louis apertou minha mão.

S/n: Dereck me contou sobre como foram os dias em que eu estava internada e...

As lágrimas brotaram dos meus olhos, Louis rapidamente me abraçou.

Louis: Tá tudo bem, é passado, você superou tudo isso.

S/n: Não Louis, eu não superei tudo. Não era pras coisas serem assim.Meu pai, eu, você... Me desculpa, eu não queria, mas parecia ser a melhor decisão, eu fiquei com medo de não me querer mais e querer outra, eu...
Louis: Shii, tá tudo bem.
S/n: Louis...
Louis: Ei, olha pra mim.

Levantou meu rosto, cravei meus olhos nos seus lindos olhos azuis cansados, sua barba estava grande, o cabelo também, mas ainda lindo e sexy. Eu sempre gostava mais quando ele ficava desleixado, simples, cabelo bagunçado, ás vezes parecia uma criança, gostava mais ainda de quando ficávamos juntinhos no sofá ou na cama, até na grama, de quando parecíamos crianças e algumas pessoas nos olhavam admirados. Eu gostava quando me protegia, abraçava, beijava, amava.  Gostava de mexer em seu cabelo até dormi, de cozinhar e receber seus abraços e atrapalhadas na cozinha. De usar seus perfume, usar suas roupas, sapatos. Mas eu fui burra e terminei com ele. –desabei em lágrimas.

Louis: Você tinha razão quando me pedia pra não misturar as coisas, só quando eu te perdi, percebi a tamanha saudade que eu tinha de ter você, de beijar, abraçar, de quando ficávamos só nós dois, cuidar como eu gostava de fazer, de tudo, eu queria morrer por não ter mais você.  –começou a chorar.
Louis: Eu fiquei com tanto medo de... De tudo. Não podia mais te tocar e você só piorava, você me ignorava, isso me matava, você não me olhava, era como se eu tivesse virado um fantasma, eu queria morrer.
S/n: Louis, não chora.
Louis: Mas você também está chorando.

Joguei-me em seus braços trazendo-o para os meus e aos poucos fomos parando com o choro. Afundei meu rosto em seu pescoço sentindo seu perfume, Louis começou a acariciar minhas costas. E assim ficamos por um tempinho. Aos poucos fui me afastando.

S/n: Tem... Tem uma coisa que eu quero te mostrar.

Ele secou o rosto e me olhou curioso, seus olhos brilhavam.

S/n: Desde que eu raspei a cabeça, eu sempre usei toucas, e bem...

Tirei a touca que eu usava e meu cabelo cai sobre os ombros, antes deu rapar, ele era grande com cachos, agora, estava na altura dos meus ombros e com pequenas ondulações.

S/n: Queria que fosse o primeiro a ver.
Louis: Continua lindo.

Levou sua mão até meu cabelo e desceu a mesma até meu rosto, inclinei minha cabeça sobre sua mão sentindo seu toque. Mas logo me afastei.

Louis: Posso te pergunta uma coisa?!
S/n: Pode. –sorri tímida.
Louis: O que ainda sente por mim?!

Meu coração parou, eu não esperava essa pergunta dele, mas depois de tudo o que aconteceu, eu já devia esperar.

S/n: É tão importante ouvir isso, só pelos meus atos não é o suficiente pra entender?! –perguntei calma.
Louis: Eu quero ouvir da sua boca.  –respirei fundo, é agora ou nunca.
S/n: Eu te amo. – disse firme.

Louis apenas me observou, não disse nada. Meus olhos já se enxiam de lágrima de novo. Se eu não tivesse terminado com ele, nada disso estaria acontecendo, mas agora, percebi que pela minha burrice, ele não me quer mais.

S/n: Com licença. –rapidamente me levantei indo em direção a porta deixando as lágrimas caírem.
Louis: Espera aí! – segurou-me.
S/n: Eu preciso ir.
Louis: Não, não tem. –levantou meu rosto.
S/n: Por que mandou eu dizer se não sente mais nada.
Louis: Como não. Você acha que o amor que eu tenho por você morreria tão rápido assim?! Mas eu queria ouvir de você, eu precisava ouvir isso de você.


E me beijou. Rapidamente cedi ao beijo levando minhas mãos a sua nuca trazendo-o pra mais perto. O beijo foi rápido e cheio de vontade, quente e carinhoso terminando com um beijo longo.

Louis: Eu te amo, meu anjo. Eu te amo.
S/n: Eu te amo Lou.

Passou a mão direita pelo meu cabelo encostando nossas testas.

Louis: Eu não aguentava mais ficar longe de você.
S/n: Por isso eu vim até aqui, precisava te vê.

Louis deu um beijo molhado no meu pescoço e gemi baixo.

Louis: Eu preciso te tocar, te sentir, seu cheiro.
S/n: Eu, calma. –sorri tímida.
Louis: Que?! Eu pensei que... Você não quer voltar comigo?!
S/n: Você quer?!
Louis: Ainda precisa que eu responda?! –disse escandaloso, sorri abertamente. –Vai ficar só me olhando?! Ou eu posso levar minha namorada pra cama e matar a saudade de mais de sei lá quanto tempo?!
S/n: Primeiro você tem que me pegar.

Sai correndo pela casa, ele me pegou na entrada pra cozinha e me abraçou por trás.

Louis: Que saudade de você. –disse risonho.
S/n: Eu senti falta de tudo.

Louis me pegou no colo e foi em direção ao quarto, me deu um frio na barriga, ele me colocou delicadamente na cama já subindo sobre mim me enchendo de beijos.

Louis: Você quer?!
S/n: É o que eu mais quero depois de tanto tempo.

E entrei beijos, Louis tirou minha blusa e saia.

Louis: Tão linda!

Estiquei-me para tirar sua camisa e depois acariciei seu peitoral, Louis tirou a calça que usava e como sempre, senti meu rosto esquentar ao ver seu volume. Ele pegou um preservativo e subiu na cama com ele.
Voltou a me beijar, e percebi desabotoar meu sutiã e tira-lo, fechei meus olhos.

Louis: Olha pra mim. –e assim fiz.

Louis: Você continua linda, um pouco mais magra, mas linda, e só minha. –sorri.

LITTLE THINGS 

6° CAPITULO

Dias Depois>

S/n on>
Eu estava um pouco tonta, na verdade, muito tonta. Não tinha ninguém no quarto. Demorou um pouco pra minha visão acostumar com a claridade, eu estava com sede, mas não conseguia mexer meu corpo, ele estava todo dormente.

Alguém entrou no quarto, olhei e era Louis, ele me viu acordada e sorriu, abriu a porta novamente e chamou pelo Dr. Fábio depois voltou sua atenção pra mim.

Louis: Oi, como se sente? –perguntou sorrindo.
S/n: Com sede.

Ele pegou um copo com água e com um canudinho matei minha sede.

s/n: Obrigado.
Louis: E então?!
s/n: Não sinto meu corpo.
Louis: Efeito do antibiótico.
S/n: Meu pai, Dereck?!
Louis: Já devem estar a caminho.
S/n: Será que da pra você parar de sorrir assim?!
Louis: Desculpa, é que... esquece.
S/n: Se você não consegue esquecer, você acha que eu vou conseguir esquecer?!
Louis: Você ouvia tudo mesmo?!
s/n:  Ouvi Louis. Você foi minha única companhia enquanto eu estava aqui.
Louis: Eu gostava.

Ficamos em silencio nos encarando.

S/n: Eu posso levantar?!

Ele desligou os aparelhos e me ajudou a levantar, minhas pernas estavam bambas, me apoiei em Louis o tempo todo. Eu parecia um bebezinho aprendendo a andar. Dei alguns passos, mas minhas pernas fraquejaram e Louis me segurou.

S/n: Que droga.
Louis: Logo, logo essa tonteira passa.

Levantei meu rosto e ele me olhava atentamente, fiz esforço pra voltar á maca. Minha cabeça começava a doer, massageei um pouco na tentativa de aliviar um pouco, mas em vão.

Louis: Sente muita dor?!
S/n: O suficiente pra estragar todo meu dia.

Logo Dr. Fábio entrou na sala, dei graças á Deus, não ia aguentar ficar mais tempo sozinha com Louis, é estranha ficar sozinha com ele e não poder encostar nele e muito mais.

Dr. Fábio: Como se sente?!

Mediu minha pressão, me deu um remédio pra dor e esperou pra ver se eu vomitava.

Dr. Fábio: Isso é um bom recomeço.

Retirou um pouco do meu sangue. Bebi bastante água e Dereck abriu a porta com tudo que a fez bater na parede.

Dereck: Obrigada Deus!!

Me abraçou apertado como um urso me deixando encolhida em seu corpo e começou a chorar.

S/n: Ei chorão, eu estou bem mano.
Dereck: Desculpa, é que, eu estava com saudade de te ver assim.

Me soltou e com os olhos cheios de água me observou.

Dereck: Finalmente você vai sair daqui.
S/n: E meu pai?!
Dereck: Ele...-desviou o olhar, já entendi.
S/n: Tudo bem?!

Do outro lado da sala, Louis esmurrou a mesinha.

Louis: Com licença. –saiu do quarto. Estava só eu e Dereck no quarto, sentou-se do meu lado.

Dereck: Louis brigou algumas vezes com nosso pai. –segurou minha mão.
S/n: Por que?!
Dereck: Por que ...Ele se afastou muito de você desde o começo de tudo, jogava a responsabilidade toda pra mim e pra Louis. E quando você ficou aqui, esse tempo, dopada, Louis ficou o tempo todo do seu lado, ele quase não saia daqui, eu vinha ás vezes, alguns amigos seus também, até alguns parentes do Louis e nosso pai, não. E aí, ele foi tirar satisfação com ele, ele nunca ficou do seu lado quando você mais precisou, fez como fez com nossa mãe e no fim, você tinha razão, eu não tinha que ter brigado com a mãe. Nosso pai nunca soube lidar com isso e só nos machucou assim. Até Belly vinha pra te ver, achei interessante, Louis me disse que ela fazia carinho em você, sorria, sei lá, ela é estranha, quase não demonstrava carinho por você, até mesmo porque você não deixava. Louis ficou uma fera, isso não é atitude de pai  –riu sarcástico. Sabe, no começo, eu morria de ciúmes do Louis com você, mas hoje, ninguém cuida melhor de você do que ele e sinceramente, acho que você tinha que pensar melhor sobre o termino do namoro de vocês. Ele deixou tudo pra ficar aqui com você, cuidou de você. Ele te ama, tenho certeza disso.
S/n: Mano, eu...não sei, não sei de mais nada. Eu estou confusa com tudo isso.
Dereck: Eu imagino. Vamos esperar essa fase passar, mas enquanto isso, vai pensando.

S/n: Obrigada! –abracei-o. 


LITTLE THINGS 

5° CAPITULO

Dias depois>

Eu estava deitada no sofá agarrada a Dereck, estava morrendo de frio apesar dele dizer várias vezes que não estava tão frio. Louis passou a dormir todos os dias na minha casa. Dereck ficou brabo comigo por ter terminado com ele, depois que ele saiu do meu quarto naquele dia, não conseguia parar de chorar. Dereck disse que Louis também chorou, mas isso já não importa mais. Agora ele pode viver a vida dele em paz, sem estar preso a uma doente.

S/n: Mano. –disse baixinho.
Dereck: Oi.
S/n: Eu posso comer um pouquinho de nutella?
Dereck: Eu não sei se você pode.
S/n: Só um pouquinho.
Dereck: Louis, ela pode com doce?!
Louis: Não recomendo.

Belisquei Dereck que reclamo de dor.

Dereck: Nem um pouco?! Só pra testar.
Louis: Nutella?!
Dereck: Exato. –percebi ele sair. Estava de costa pra ele.
Dereck: Ele te amo, ainda não concordo com sua decisão.
S/n: Não quero falar sobre isso.

E logo um pote de nutella estava na minha frente, comi um pouquinho, meu estômago não revirou nem nada.

Dereck: Olha se você quiser vomitar, só me avisa pra me preparar mentalmente.
S/n: Não vou, pode ficar tranquilo.
Dereck: Obrigado senhor.

Comi quase todo potinho.

Dereck: Missão bem sucedida Louis, ela não vomitou.
Louis: Isso é bom, vou avisar ao Dr. Fábio.


Dias depois>
Eu não queria chama-lo, mas eu precisava. Meu corpo estava todo mole, não tinha mais forças.

S/n: Louis! –chamei-o.

Logo ele apareceu na porta do meu quarto. Seus olhos brilharam, mas meu coração se apertou.

Louis: Precisa de alguma coisa?! –disse entre sorriso.
S/n: Não consigo levantar. –seu sorriso se desfez.

Ele se aproximou e me ajudou a levantar, mas minhas pernas fraquejaram e pra não cair ele me segurou em seu colo.

Louis: DERECK!!!

Ele me segurou firme em seu colo andando pra fora do quarto. Logo Dereck apareceu.

Louis: Vamos para o hospital

 ...

Dr. Fábio: Você concorda (S/n) em te sedar?! Talvez gastando menos energia, algo mude. Você vai ouvir tudo oque falarmos, sentir, não se preocupe. Vamos cuidar de você.
S/n: Tudo bem.

Eu já estava em um quarto sendo sedada, meu pai, Belly, Dereck e Louis viam a tudo, meus olhos se encheram de água.

S/n: Eu amo vocês! –disse segurando o choro.

Logo meus olhos se fecharam.


Dias depois> Louis on>
Eu não aguento mais vê-la assim. Ela tem que reagir.

Dr. Fábio: Louis, vamos aplicar o remédio.
Louis: Não concordo com isso.
Dr. Fábio: Nesse momento é a única saída.
Louis: Não quero participar disso.

Sai da sala. Fábio quer testar um antídoto novo nela, se não der certo, pode piorar a situação. Que droga! Não era pra isso estar acontecendo.

Fábio: Louis, venha aqui. –voltei ao quarto.
Louis: Deu merda?!?!
Fábio: Não Louis, o organismo dela aceitou bem. Preciso atender outros pacientes, fique de olho nela.
Louis: Pode deixar.

Sentei-me ao lado dela, segurei sua mão.

Louis: Eu juro que fiz de tudo, meu anjo. Não queria que você estive aqui, assim. Eu te amo tanto. –beijei sua mão. Eu sei que você está ouvindo, queria que estivesse acordada. –acariciei seu rosto. Se lembra de quando nos conhecemos?! –ri.

Flash Back on>
(S/n): Eu sinceramente estava animada pra começar a faculdade, mas também não queria sair de perto de minha mãe. Ela estava doente, meu pai não me contou, eu ouvi sua conversa com meu irmão Dereck, ele não queria me contar.

S/n: O que mamãe tem?

Perguntei a Dereck no carro enquanto ele me levava para o primeiro dia de aula.

Dereck: Virose.
S/n: Parece muito complexo pra ser uma virose. –disse desconfiada, Dereck riu fraco, ele não era tão apegado a mamãe.
Dereck: Chegamos, olha, aproveita seu primeiro dia. Esquece os problemas de casa um pouquinho. Eu venho te buscar.

Ganhei um beijo na testa e sai do carro, Dereck não é do tipo que sabe mentir, muito menos pra mim, já que as vezes ele resolve fazer papel de pai e não de irmão.
Nem olhava direito pra onde ia, meus olhos estavam enchendo de água e acabei esbarrando em alguém.

S/n: Desculpa.
XXX :Sem problemas senhorita.

Me desviei da pessoa e fui procurar minha sala. Quando achei, sentei-me no fundo. Logo outras pessoas foram entrando, na minha frente sentou uma menina de cabelo ruivo, ela me viu e sorriu amigavelmente.

XXX: Novata?!  Prazer, Hazel Curt!
S/n: Prazer, (S/n) Phillips!
Hazel: Parece que alguém esta meio tristinha no primeiro dia?!
S/n: Problemas familiares.
Hazel: Ah, entendo, mas tenho certeza que vai ficar tudo certo. Bom, qualquer coisa, conte comigo.
S/n: Obrigada Hazel.
Hazel: Ah, você por acaso tem irmão, seu sobrenome não me é estranho?!
S/n: Dereck Phillips.
Hazel: Dereck?! –riu.  Ah claro, se parecem um pouco. Adoro seu irmão, você vai se enturmar fácil aqui, ele tem muitos amigos.
S/n: Ah, valeu.

E logo a aula começou...dei graças a Deus quando acabou, queria voltar logo pra casa e ficar com minha mãe. Esperei Dereck na entrada da faculdade, Hazel passou por mim dando tchau, fiz o mesmo. Logo Dereck chegou e fomos pra casa.


Dia seguinte>
Dereck hoje estava insuportável e eu não queria conversa com ele, ele tem problema?! Minha mãe está doente e ele ainda briga com ela?! O motivo eu não sei, mas não precisa gritar com ela.
Bati a porta do carro quando sai. E logo me deparei com Hazel e outras pessoas.

Hazel: Oi (S/n)!!  Chega aqui.
S/n: Hoje não Hazel, valeu.

E continuei meu caminho, em minha direção vinha uma rapaz alto, ele parou na minha frente, mas essa agora.

S/n: Algum problema?! –disse insegura.
XXX:  Acho que não, mas talvez...
Hazel: Ei Louis, essa é a (S/n) Phillips! –gritou lá de trás.

Ele olhou pra ela depois pra mim e sorriu, estendeu a mão.

Louis: Prazer, Louis Tomlinson!
S/n: (S/n) Phillips! Eu vou indo. –sorri fraca.

Eu não estava com cabeça pra conversa, fui pra aula...
No intervalo, fui para um lugar reservado, parecia que todos aqui já sabiam que eu sou irmã daquele babaca.
Liguei pra uma amiga que fiquei de retornar porque ela me ligou durante a aula.

Ligação on>
S/n; Oi Lia.
Lia: Ei, pandinha. Como está?!
S/n: Mal –Comecei a chorar.
Lia: O que houve, estou indo pra sua casa agora.
S/n: Não, eu estou na faculdade. Na verdade não é comigo, é com minha mãe, ela está com câncer.
Lia: Ai meu Deus, mas como?! Não. Ela é tão linda e saudável.
S/n: Mas tem pouco tempo de vida e ninguém quer me falar.
Lia: Então como você sabe?!
S/n: Ouvi tudo ás escondidas, ah Lia, eu estou tão triste com isso e ainda tem o Dereck.
 Lia: O que o gato do seu irmão fez?!
S/n: Eu não sei o motivo, mas ele brigou feio com minha mãe.
Lia: Ah, só que me faltava essa.
S/n: Você vai estar livre mais tarde?!
Lia: Eu vou pra sua casa, não se preocupa.
S/n: Obrigada Lia!
Ligação off>

S/n: Que droga de vida. –disse baixinho.
XXX: Não precisa exagerar assim.

Me assustei e procurei quem estava por perto. Era Louis atrás de mim um pouco escondido.

Louis: Antes que você pense que estava te observando, não, não estava. Aqui é meu esconderijo e cheguei primeiro.
S/n: Desculpa não te vi.
Louis: Sem problemas. Então você é a famosa irmã de Dereck Phillips?!
S/n: Conhece meu irmão?!
Louis: Dereck e eu somos bem parceiros, pode perguntar pra ele. Ouvi muito de você por ele. Irmã fofa do coração. –gargalhou.
S/n: ah, claro, só ele mesmo pra falar isso. –ri fraco.
Louis: Eu acabei ouvindo sua conversa no telefone.

Me virei pra ele, ele estava sentado em um balanço velho, só agora realmente reparei nele. Cabelo castanhos, olhos azuis, tinha um jeito de ser mandão e conservador.

Louis: Sua mãe?!
S/n: Ela esta com câncer.
Louis: Dereck me disse. Olha, não fique braba com ele por isso, não é culpa dele, nem de ninguém. Ele também está sofrendo.
s/n: Não parece. –Meus olhos encheram de lágrima ao relembrar a briga.
Louis: Ele é meio fechado, mas acredite, ele está mal. E por favor não chora na minha frente.

Se aproximou enxugando minhas lágrimas.

S/n: Você acha que é fácil não chorar quando você descobre que sua mãe tem leucemia e ninguém quer te contar?!
Louis: É feio ouvir conversar escondido, mas nesse caso. Eu não saberia o que fazer...
Flash Back off>

Louis on>
Louis: E depois disso, não me afastei mais de você. Quando perguntei a Dereck sobre você, ele me ameaçou tanto pra não te fazer sofrer. Como se eu fosse um cafajeste. Ele sempre apoiou nosso namoro.  Mesmo vendo que estávamos bem juntos ele queria saber o que eu fiz, deixei de fazer. Eu ficava com medo disso. E quando...quando...dormimos juntos pela primeira vez. Ele quase me matou. Mas foi com certeza, a melhor noite da minha vida, por que era primeira vez que eu fazia amor com a garota que eu amo e não só sexo sem compromisso.

Sua respiração estava calma, mas seus batimentos cardíacos estavam um pouco acelerados e de seus olhos saíam pequenas gotas de lágrimas.


Louis: Não chora, meu anjo. Por favor. Você decidiu terminar comigo, mas eu ainda te amo e eu seu, eu sinto que você também me ama, quando você sair dessa, por favor, volta pra mim. Eu não aguento mais ficar longe de você, do seu toque, seus beijos, carinhos, mimos, até das suas birrinhas. Eu te amo tanto.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

LITTLE THINS

4° CAPITULO


Semanas depois>

Eu estava horrível. Meu Deus, eu tinha medo de me olhar no espelho. Parecia um palito de fósforo, sem contar que meu cabelo começa a crescer e estava estanho, todo espetado.
Não tinha mais força pra andar, ficava mais no quarto, meu estomago estava rejeitando os remédios, vomitava mais do que antes.

Louis: Seus remédios.

Louis estava mais frio comigo, não é pra menos, namorava uma doente zumbi.

S/n: Não quero. –me encolhi na cama.

Ás vezes eu parecia uma criança mimada pelas birras que eu fazia pra não tomar os remédios, as vezes conseguia jogar fora, mas Louis descobriu e ficou uma fera, Dereck nem se fala. 
Ele respirou fundo, se eu tomasse, vomitaria, estou cansada de vomitar, de remédios, de tudo. Meu pai entrou no quarto. Pela cara, não dormiu de noite, até mesmo porque, Louis não estava aqui e vomitei, meu pai veio ficar comigo. 

Pai: Louis, pedi pra Nora arrumar o quarto de visita pra você, talvez seja melhor pra você já que fica o dia todo aqui e Dereck vai dar um tempo no escritório pra te ajudar – Dereck apareceu na porta- caso queira passar a noite, fique a vontade.
Louis: Obrigado Sr. Joshy.

Eles saíram e novamente fiquei sozinha com Louis, com dificuldade me sentei na cama, não tive coragem de olhar pra Louis, peguei os remédios e o copo com água e o balde já estava ao lado da cama pra que eu vomitasse, Louis só esperava por isso pra sair do quarto, como faz ultimamente, vem ver como estou e sai de casa, sempre escuto o barulho de seu carro partindo. Ele não me ama mais.
Engoli o remédio e fiz força pra não vomitar, foi em vão, vomitei. Louis me entregou uma garrafinha com água pra lavar a boca e assim fiz, ele levou o balde pra fora e chamou por Nora, ela logo veio pegar o mesmo.
Louis mexia em algo na minha mesa, percebi que iria sair.

S/n: Louis. –parou de se mexer.
S/n: Preciso conversar com você e é serio.

Se virou e me olhou, aos poucos se aproximou e sentou na ponta da cama.

Louis: Sobre?!
S/n: Nosso namoro.
Louis: E?!
S/n: Acho que...já deu.
Louis: Como assim?! Acabar?!
S/n: É Louis, acabar. Isso não vai mais pra frente e...você tá diferente, tá frio comigo e você não merece ficar preso a uma doente. Estou te livrando desse fardo.
Louis: VOCÊ FICOU LOUCA??- berrou.
S/n: Não precisa gritar.
Louis: Qual é o problema?!
S/n: Louis não torne as coisas mais difíceis pra mim, isso é desnecessário.
Louis: Desnecessário?! A garota que eu amo esta terminando comigo sem motivo.
S/n: Sem motivo?! LOUIS ESTOU MORRENDO! Você entende isso?! Você não tem que passar por isso.
Louis: Mas eu quero e eu vou, por que eu te amo.
S/n: Não Louis, você amava. Você está frio comigo, não fica mais comigo, nem olha mais pra mim. Por favor não dificulta tudo. Eu já estou cansada demais até pra respirar.
Louis: Eu não concordo, não aceito.
S/n: Mas eu não quero mais.  Não quero mais nada.
Louis: Você tem certeza da sua decisão?
S/n: Tenho. –olhei em seus olhos.
Louis: Eu não acredito nisso. SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE QUE EU ESTOU FAZENDO DE TUDO POR VOCÊ, NÃO CONSEGUE VER ISSO?! EU TE AMO, CARAMBA, EU ESTOU ATRÁS DA SUA CURA.
S/n: Não grita comigo.

E logo Dereck entrou no quarto.

Dereck: Que porra tá acontecendo aqui, Louis?!
Louis: QUE PORRA?!
Dereck: Segura a onda, cara.

Louis esmurrou a parede, Dereck me olhou.

Dereck: O que aconteceu?
S/n: Nada, mano.
Louis: Ela terminou comigo. Foi isso. -olhou pra Dereck. Satisfeito ou quer mais?!
S/n: Louis. Para de drama. Você não é assim.
Louis: Drama?! -estava quase chorando. Naquele dia no meu consultório, pensei que tinha falado da boca pra fora, nunca pensei que... Você tem certeza?!
S/n: Tenho.

Respirou fundo e saiu do meu quarto.
Desabei em lágrimas, Dereck me abraçou.
LITTLE THINGS

3° CAPITULO

Fiquei o resto do dia no meu quarto, não quis almoçar, meu pai veio falar comigo, mas não quis sair. Pela quarta vez alguém bateu na porta e entrou. Olhei e era Louis, ele se aproximou e sentou na minha frente. Eu estava deitada agarrada a um travesseiro e uma porta retrato da minha mãe nas mãos.

Louis: Oi. –disse calmo.
S/n: Oi.
Louis: Fala comigo, por favor.

Me sentei na cama e enxuguei as lágrimas.

Louis: Me desculpa, tá legal. Eu não pensei duas vezes quando Dr. Fabio me disse e ...pensei que seria uma boa ideia. Eu só quero cuidar de você. –acariciou meu rosto.
S/n: Não Louis. Isso vai atrapalhar nosso namoro. –olhei em seus olhos.
Louis: Eu estou começando a achar que você não me quer por perto. –se afastou um pouco.
S/n: É claro que eu quero Louis, mas como meu namorado.
Louis :Que diferença isso vai fazer?! Eu sempre vou ficar do seu lado.
S/n: Tudo bem Lou, não vou mais discutir. –dei me por vencida, joguei-me na cama e respirei fundo.

Até mesmo porque não vai nos levar em nada e eu já estava cansada de ficar discutindo a mesma coisa. Ficou me encarando.  Louis subiu mais na cama se aproximando. Seus olhos alternavam entra minha boca e meus olhos. Senti seu delicioso perfume.

S/n: Lou...
Louis: Que eu me lembrê você é minha namorada e eu posso te beijar quando eu quiser.

E assim fez, me puxou pra perto juntando nossos lábios. Foi um beijo carinhoso e calmo.

Louis:Eu te amo, brigona.
S/n: Eu também.

Louis continuou sobre mim dando vários selinhos.

Louis: Vamos sair?!
S/n: Ah não.
Louis: Vamos, por favor! Só um pouquinho.

Fez bico e me puxou pelos braços. Me olhou sério.

Louis: Não vou deixar ficar enfurnada nesse quarto o tempo todo.

Demorei mas acabei cedendo. Lavei meu rosto e passei um pouquinho de maquiagem e saímos.


Dias depois>
Desde que comecei com a quimioterapia, parece que só piorei. Meu cabelo caia mais, minhas roupas caiam, meu estomago regirava o tempo todo, eu vomitava com os remédios por serem fortes. Louis ficava desesperado quando me via vomitando.
Infelizmente hoje, iria perde todo meu cabelo. Não queria rapar minha cabeça, mas Dr. Fabio disse que é melhor.
Eu estava esperando a cabeleireira chegar, Dereck estava deitado com a cabeça no meu colo, nesses últimos dias ele tem ficado bem mais próximo, já meu pai, se afastará. Dereck disse que ele não esta suportando isso. Quem não esta suportando isso sou eu. Passando por tudo isso e ele longe de mim.

A campainha tocou e Nora foi abrir a porta, era a cabeleireira. Dereck logo se levantou.

XXX: Olá! –disse sorridente. Só de ver essa cena meu estomago embrulhou.

Sentei-me na cadeira no canto da sala, onde Nora tinha deixado arrumado para a ocasião...

XXX: Pronto.

Eu não conseguia parar de chorar. Meus lindos cachinhos tinham ido embora.

XXX: Gostaria de ver?!
S/n: Não! -Dereck me abraçou.
Dereck: Contínua linda.
S/n: Mentiroso. –disse entre lágrimas.
Dereck: Ah não, pode para. Me ajuda aqui Nora.

Nora estava quase chorando, sorriu fraco e concordou com Dereck. Me levantei da cadeira e subi para o meu quarto. Fechei a porta e me joguei na cama chorando.....
Me olhei no espelho do banheiro. Estava magra, muito magra. Sem cabelo, olhos inchados de tanto chorar. Eu estava morta. Parecendo uma zumbi, uma competa zumbi.

Terminei de me vestir, coloquei uma toquinha. Logo Louis estaria aqui. Nora fez um lanche pra mim, mas meu estomago rejeitava. Deitei-me e me cobri. Um pouco depois, Louis entrou no quarto.

Louis: Por que não me esperou?! –disse um pouco brabo.
S/n: Não queria que você visse. –me encolhi mais na cama.

Beijou minha testa e sentou do meu lado.

Louis: Você tem que me deixar participar disso com você. Qual é o problema?!
S/n: Não Louis, isso seria de mais. -suspirou.
Louis: Você precisa comer. –olhou para o prato ao lado da cama.
S/n: Não consigo.
Louis: Precisa tentar.
S/n: Pra colocar tudo pra fora de novo?! –disse um pouco ríspida.

Louis respirou fundo.

Louis: Vamos dar uma volta?!
S/n: Quê?! Você acha mesmo que eu vou sair?!
Louis: E vai. Ah S/n, Você não ta morrendo.
S/n: Como não?! Olha pra mim Louis, eu to parecendo um zumbi.
Louis: Para de pensar assim, caramba.

Louis estava ficando nervoso. Mas eu não quero fazer nada, não quero saber de nada. Louis foi pegar os remédios. Que droga.

S/n: Ta legal, vamos dar uma volta.
Louis: Isso não vai fazer você escapar dos seus medicamentos.

Tomei meus remédios, peguei um casaco e saímos. Fomos a uma sorveteria que sempre íamos mesmo antes de começarmos a namorar. Estava lotada, me arrependi de sair de casa, eu estava ridícula. Louis apertou minha mão. Escolhi uma mesa reservada enquanto ele ia pegar os sorvetes. De longe o observei. Uma garota, quase do seu tamanho conversava animadamente com ele, usava uma blusa muito decotada. Quando vinha em minha direção, parecia entediado, parando em minha frente, virou-se para a garota.

Louis: Essa é minha namorada.

Ela me olhou e sorriu forçado.

XXX: Ah, legal. Com licença.

Louis gargalhou e sentou-se.

Louis: Coitada.

Entregou-me meu sorvete. Mas na minha cabeça, a cena se repetia várias vezes, sempre foi assim e sempre vai ser. Eu tenho que colocar um basta nisso.

Louis: Ei, se anima um pouco, por favor.
S/n: Eu não consigo.

Louis segurou minhas mãos.

Louis: Eu estou do seu lado, sempre vou estar, prometo.
S/n: Não me prometa nada, Lou. –olhou-me brabo.
S/n: Desculpa.

Tomamos nosso sorvete, as vezes Lou fazia caretas, quando eu ria me sujava com sorvete, inevitável eu não rir. Quando terminamos, fomos pra minha casa.  Ao entrar meu pai acabará de descer a escada, quando me viu sorriu.

Pai: É bom vê-la alegre. –encolhi-me um pouco perto de Lou, ultimamente ele se afastará um pouco, até estranha quando ele resolvia aparecer e até mesmo falar algo.

S/n: Oi pai.

Ele se aproximou e me deu um beijo na bochecha.

Pai: Como se sente?
S/n: Bem.

LITTLE THINGS

2° CAPITULO

Pai: E o que é ?
Dr. Fabio: Ela está com leucemia.
Pai, Dereck, eu: O que?!
Meus olhos se encheram de água. A mesma doença que minha mãe tinha.

“... você não é meu médico.
Louis: E se eu fosse?! O que você faria?! Terminaria nosso namoro?!
S/n: Talvez, seria uma opção.
Olhou-me brabo....”

Agora eu entendi, agora faz sentido.

Meu coração se apertou ainda mais, lágrimas caíram dos meus olhos sem permissão.
Dereck se ajoelhou na minha frente apertando minha mão.

S/n:Por que não me disse?! –Perguntei a Louis
Dr. Fabio: Ele não tinha autorização.
Pai: Qual a chance de cura?!
Dr. Fabio: A doença não esta muito avançada, então as chances são grandes. Ela tem que seguir o tratamento corretamente.
S/n: VOCÊ DISSE A MESMA COISA PRA MINHA MÃE E ELA MORREU. -Disse amargurada.

 Meu pai, Belly e Dereck me olharam espantados.

Pai: Como sabe, fiz de tudo pra esconder de você?!
S/n: Eu não sou burra pai. Eu sempre soube.
Pai: Mas...
S/n: Mas nada pai, eu sei que minha mãe tinha leucemia, mas não foi só essa doença que acabou com a vida dela.  –olhei pra Belly.
Pai: Belly não tem nada a ver com isso.
S/n: Você traiu minha mãe! Ela sempre soube! A meu Deus. LEUCEMIA. Você tá entendendo. MINHA MÃE TEVE CÂNCER AGORA EU, quem é o próximo da família?! Meu filho. Isso se eu sobreviver pra ter um.
Pai: PARA DE FALA BESTEIRA.
S/n: BESTEIRA?! –disse horrorizada.  Meu pai estava perplexo. Mas essa era a verdade.

Dr. Fabio: Por favor, deixem isso para depois, o assunto é outro. Minha querida, sua mãe não seguiu corretamente o tratamento, mas com você a chance de cura é maior, você veio logo no inicio da doença. Infelizmente vai perde o cabelo, emagrecer muito, mas vai vencer.
S/n: Até parece que é fácil. –me afundei na cadeira, eu queria chorar, era só isso que eu queria agora.
Dereck: Vamos seguir tudo corretamente.

Nesse momento desabei em lágrimas, não aguentaria isso.

Pai: O senhor que vai ficar encarregado do tratamento?!
Dr. Fabio: Não, diretamente. Dr. Louis me pediu pra cuidar e eu autorizei, talvez seja melhor já que ele faz parte da família e conhece bem a senhorita.
S/n: O-o que? –disse perplexa.
Pai: Tudo bem, confio em Louis.
Louis: Obrigado.
S/n: O que?! Não. Eu não quero isso. Louis, como pode?!
Louis: S/n, agora não é hora pra discutir relação, isso já está decidido e vou fazer tudo corretamente pra você se curar.
S/n: Não, não vai.

Todos me olharam perplexos, os olhos de Louis ficaram vermelhos e eu estava preste a chorar de novo. Me levantei e sai da sala batendo a porta, no corredor me desabei em lágrimas.

Dereck: Ei mana. –me abraçou. –você vai sair dessa.

Na sala >>
Dr. Fabio: Gostaria de ficar sozinho com você Joshy e Louis. –fica só Joshy na sala e Louis.
Pai: E então?!
Dr. Fabio: Ela tem chances enormes de se recuperar, Louis me pediu pra acompanhar o tratamento, pensei que seria uma boa ideia já estão namorando, mas parece que ela não gostou.
Louis: Eu já esperava por isso, mas vou permanecer.
Joshy: Obrigado rapaz.
Dr. Fabio: Ele já esta a par de como as coisas iram acontecer e me contará todo dia como foi, haverá dias que ela vai ficar aqui no hospital, mas ficará mais em casa. Vou ser sincero Sr. Joshy, não esperava que ela soubesse sobre a mãe.
Joshy: Nem eu. Sabe algo a respeito Louis?!
Louis: Não senhor. –mentiu.

Fora da sala>>

Belly: Olha S/n, sei que não gosta de mim, mas eu desejo que melhore, de verdade.

Permaneci em silêncio nos braços de Dereck que me apertou. Logo meu pai saiu da sala acompanhado de Louis.

Pai: obrigado Louis. Nos vemos em breve.

Se despediram de Louis e fomos embora, fui pra casa com Dereck enquanto Belly ia com meu pai. Já em casa, meu pai esclareceu toda sua conversa com Dr. Fábio.

Pai: Mas agora, como soube de sua mãe?!
S/n: Ouvia tudo pela porta.
Pai: Ah meu Deus filha. Isso é coisa que se faça?!
S/n: É sim, vocês me escondiam tudo, e eu já era adulta o suficiente pra entender o que estava acontecendo.
Pai: Eu não queria te preocupar com isso, sua mãe também não.
S/n: Mas eu queria fazer parte disso e vocês tem que parar de agir pelas minhas costas. Não sou mais criança.
Pai: Tudo bem filha, me desculpe.  Mas não admito que se refira a Belly mais como fez mais cedo.
S/n: Ah qual é, eu por acaso menti?!
Belly: S/n, por favor...
S/n: Não, eu nunca aceitei e não é hoje que vou aceitar.  Eu respeito, mas não aceito. Agora se vocês me dão licença, vou para meu quarto.

E assim fiz, me joguei na cama e chorei. É demais pra mim aguenta. Perdi minha mãe e agora eu estou com leucemia, Louis vai ficar “encarregado” do meu tratamento, que droga, isso não. E Belly.  Esse com certeza deve ser o fim do mundo. É demais pra mim aceita.

Meu celular tocou, era Louis. Não atendi. Não quero falar com ninguém, nem com ele.Fiquei deitada, até alguém bater na porta, era Dereck. Entrou e se deitou comigo.

Dereck: Ei mana, não se exalte tanto com o pai. Não está sendo fácil pra gente. Primeiro a mãe, agora você e você sabe que ele é muito apegado a você, sempre foi.
S/n: eu sou um fardo pra vocês é isso?!
Dereck: Claro que não S/n, não viaja! –se exaltou.
Dereck: Nós somos sua família, nós te amamos. Para de fala besteira, nós vamos fazer de tudo pra você se curar, Louis está do seu lado. O que mais você quer?! Quer morrer é isso?! Pois fique sabendo que não vou te perde pra esse câncer.
S/n: Dereck, não quis dizer isso. Não quero morrer. Mas é que...parece ser tão difícil e Louis...
Dereck: Louis te ama!
S/n: Mas ele vai deixar de me amar. Não quero ele me tratando.
Dereck: Para de besteira, isso já está decidido.
S/n: Pra mim não está, tenta me entender.
Dereck: Eu entendo, mas nem tudo sai como a gente quer, você acha que eu queria você com essa porra desse câncer?! Não, eu não queria. Você acha que eu queria estar solteiros a cinco meses. Não, não queria.  Você acha que eu queria ouvir os gemidos do pai e da Belly de madrugada?!
S/n: Me poupe desses detalhes Dereck. –rimos.
Dereck: Ai que sorriso lindo gente. –apertou minhas bochechas.
S/n: Para. –reclamei e ele riu.
Dereck: Mas agora falando sério. Você sabe que eu sempre estive do seu lado e sempre vou estar. Eu te amo mana. –beijou minha testa e saiu do quarto.