sexta-feira, 3 de junho de 2016





LITTLE THINGS









1° CAPITULO





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Acordei.
Um novo dia. Me levantei tão rápido que até fiquei tonta. Mas ultimamente isso tem acontecido com frequência, além de falta de ar e uma espantosa queda de cabelo. E foi por causa disso, semana passada fui ao hospital fazer exames de rotina que não faço há anos, mesmo namorando com um médico, aliás, foi ele e meu pai que insistiram pra que eu fizesse os exames e fiz.
Mas agora voltando ao Planeta Terra.
Fui tomar banho e me arrumar para a faculdade.  Faço faculdade de manhã. A turma de administração é enorme, então tem nos três turnos, preferi fazer de manhã.
Ao pentear meu cabelo, saiu um bolo. Isso me deixava triste. Não entendia porque meu cabelo caia tanto e sou tão vaidosa com ele.  Respirei fundo. Isso não vai estragar o meu dia.
Desci para a cozinha, onde já estava meu pai tomando café ao lado de Belly, minha madrasta, meu irmão Dereck que eu amo muito e Nora que me conhece desde criança e trabalha aqui em casa.

S/n: Bom dia!
Pai: Bom dia querida. Como se sente? -ganhei um beijo na testa.
S/n: Bem.
Dereck: Não sentiu nada?!
S/n: Ainda não, graças a Deus.
Terminamos de comer.

Dereck: Vamos?!
S/n: Vamos!
Dereck me leva pra faculdade todo dia. Sabe o tipo de garota que é super amada pelo pai e super mimada pelo irmão mais velho?! Prazer, essa sou eu e ainda tenho um namorado que muito é romântico. Amo minha vida.
. . .

O dia na faculdade hoje foi meio turbulento, passei duas aulas no banheiro, vomitei três vezes e me segurei pra não vomitar de novo. O bom é que tive que sair mais cedo pra saber o resultado dos exames que ficariam prontos hoje. Não contei a ninguém sobre minha crise de vômito, mas Hazel, minha amiga estranhou, ela sabe que ultimamente não tenho estado muito bem e sempre conta tudo pro meu namorado, isso é chato. Então não disse nada a ela, mas como eu disse, ela deve ter dito a ele que aparentemente não estava bem. Acho essa expiação desnecessária, mas também é só assim pra ele saber de certas coisas que acontecem comigo mas que eu não queria que ele soubesse.

Peguei um taxi e fui para o hospital, cheguei mais cedo, queria ver Louis.
Ao entrar, cumprimentei as meninas da recepção, todos aqui sabem que namoro Louis. Elas são sempre simpáticas comigo e eu adoro todos aqui. Peguei o elevador para o andar de cima e fui para o fim do corredor, cumprimentei Carly, secretaria dele, confesso que eu tinha um pouco de inveja dela. Alta e um belo corpo, um mulherão, isso me incomodava, Louis é um tremendo de um gato e muitas mulheres se jogam pra cima dele, já presenciei isso muitas vezes.

S/n: Oi Carly, será que posso entrar um pouquinho?!
Carly: Fique a vontade.
S/n: Obrigada!

Sorri e entrei sem fazer barulhos, nesse momento agradeci mentalmente por eu sempre andar com uma escova de dente na bolsa e balas de menta.
Louis estava concentrado analisando alguns papeis, fiquei observando-o até que ele percebeu minha presença e soltou os papeis sobre a mesa. Me olhou de cima em baixo e sorriu. Se encostou na cadeira empurrando-a para trás e abriu o jaleco, adoro quando ele faz isso, é tão sexy. Sorri e me aproximei, ele me puxou pra seu colo e me beijou rapidamente, me derreti em seus braços correspondendo ao maravilhoso beijo. Quando o ar faltou terminamos com vários selinhos.

Louis: Oi amor. -sorriu.
S/n: Oi. –sorri besta.
Louis: Como se sente?!

Me avaliou. Odeio quando ele faz isso, virei a cara e bufei. Ele não é meu médico.

S/n: Por acaso Hazel contou algo?!
Louis: Aconteceu algo que não disse a ela, além de aparentar estar pálida como um zumbi?!
S/n: Não estou pálida. -disse indignada.
Louis: Não são palavras minhas. –riu.
S/n: Que droga, odeio isso.
Louis: Não me respondeu. –disse serio.
S/n: Eu tô bem, não esta vendo?! –ainda me analisava.
Louis: Você não me engana, fala logo?! Você vomitou?!
S/n: LOUIS?! –disse braba.
Louis: Confirmou. –respirou fundo.

Sai de seu colo, que droga, odiava isso, sempre era assim, me olhava como se eu fosse um de seus pacientes, misturava tudo, namoro com profissão. Não é a primeira vez que Louis se refere a mim como uma paciente, não gosto quando ele age assim comigo, ele não pensa em mais nada a não ser  me deixar cem por cento segura ou ‘curada’ mesmo que seja de uma gripe.

Louis: Que foi?! –perguntou confuso.
S/n: Que foi?! –perguntei indignada.
Louis: Não me diga que ficou braba porque Hazel me disse?
S/n: Também.
Louis: Também?! O que mais então?!
S/n: Para de me tratar como se eu fosse um de seus pacientes. Eu sou sua namorada, você tá misturando tudo e isso não tá legal. Para de me olha assim, Louis. Incômoda.
Louis: E como quer que eu te olhe?! –perguntou debochado.
S/n: Como me olhava á duas semanas atrás. –sussurrei.

Ele respirou fundo, certo, ele não vai dizer nada agora, já conheço esse filme. É sempre assim quando discutimos algo, ele não fala nada, só quando o clima tá mais leve. Continuei olhando pra ele enquanto ele desviava o olhar de mim com o maxilar trincado.

S/n: Até quando vai ser assim?! –ele me olhou.
Louis: Esta discutindo a toa.
S/n: Não Louis e você sabe disso. Você não me olha mais como antes, esta sempre querendo me proteger de tudo até de uma gripe como se fosse uma obrigação.  Você não é meu médico.
Louis: E se eu fosse?! O que você faria?! Terminaria nosso namoro?!
S/n: Talvez, seria uma opção. Não sou uma boneca em que seu dono faz todas as experiências que quer.

Olhou-me brabo. Respirei fundo. O que eu acabei de dizer não era verdade e ele sabia disso, mas eu estava me irritando com isso.

S/n: Desculpa.

Peguei minha mochila e me virei pra sair da sala. Ele não me chamou nem nada.  Me despedi de Carly e fui para a sala do Dr. Fábio, médico da família. Meu pai, Belly, que saco porque ela tinha que vim também e Dereck já haviam chegado.  A secretaria autorizou nossa entrada e entramos. Cumprimentamo-lo e nos sentamos logo alguém entrou na sala e parou ao lado do Dr. Fabio, era Louis e estava com os olhos vermelhos. Meu coração se apertou. Não sei se ele chorou, talvez não, mas minhas palavras foram duras.

Pai: Então Dr. Fabio?! Como está a saúde de minha filha?!
Dr. Fabio: O assunto é serio. 


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