sexta-feira, 3 de junho de 2016

LITTLE THINGS

2° CAPITULO

Pai: E o que é ?
Dr. Fabio: Ela está com leucemia.
Pai, Dereck, eu: O que?!
Meus olhos se encheram de água. A mesma doença que minha mãe tinha.

“... você não é meu médico.
Louis: E se eu fosse?! O que você faria?! Terminaria nosso namoro?!
S/n: Talvez, seria uma opção.
Olhou-me brabo....”

Agora eu entendi, agora faz sentido.

Meu coração se apertou ainda mais, lágrimas caíram dos meus olhos sem permissão.
Dereck se ajoelhou na minha frente apertando minha mão.

S/n:Por que não me disse?! –Perguntei a Louis
Dr. Fabio: Ele não tinha autorização.
Pai: Qual a chance de cura?!
Dr. Fabio: A doença não esta muito avançada, então as chances são grandes. Ela tem que seguir o tratamento corretamente.
S/n: VOCÊ DISSE A MESMA COISA PRA MINHA MÃE E ELA MORREU. -Disse amargurada.

 Meu pai, Belly e Dereck me olharam espantados.

Pai: Como sabe, fiz de tudo pra esconder de você?!
S/n: Eu não sou burra pai. Eu sempre soube.
Pai: Mas...
S/n: Mas nada pai, eu sei que minha mãe tinha leucemia, mas não foi só essa doença que acabou com a vida dela.  –olhei pra Belly.
Pai: Belly não tem nada a ver com isso.
S/n: Você traiu minha mãe! Ela sempre soube! A meu Deus. LEUCEMIA. Você tá entendendo. MINHA MÃE TEVE CÂNCER AGORA EU, quem é o próximo da família?! Meu filho. Isso se eu sobreviver pra ter um.
Pai: PARA DE FALA BESTEIRA.
S/n: BESTEIRA?! –disse horrorizada.  Meu pai estava perplexo. Mas essa era a verdade.

Dr. Fabio: Por favor, deixem isso para depois, o assunto é outro. Minha querida, sua mãe não seguiu corretamente o tratamento, mas com você a chance de cura é maior, você veio logo no inicio da doença. Infelizmente vai perde o cabelo, emagrecer muito, mas vai vencer.
S/n: Até parece que é fácil. –me afundei na cadeira, eu queria chorar, era só isso que eu queria agora.
Dereck: Vamos seguir tudo corretamente.

Nesse momento desabei em lágrimas, não aguentaria isso.

Pai: O senhor que vai ficar encarregado do tratamento?!
Dr. Fabio: Não, diretamente. Dr. Louis me pediu pra cuidar e eu autorizei, talvez seja melhor já que ele faz parte da família e conhece bem a senhorita.
S/n: O-o que? –disse perplexa.
Pai: Tudo bem, confio em Louis.
Louis: Obrigado.
S/n: O que?! Não. Eu não quero isso. Louis, como pode?!
Louis: S/n, agora não é hora pra discutir relação, isso já está decidido e vou fazer tudo corretamente pra você se curar.
S/n: Não, não vai.

Todos me olharam perplexos, os olhos de Louis ficaram vermelhos e eu estava preste a chorar de novo. Me levantei e sai da sala batendo a porta, no corredor me desabei em lágrimas.

Dereck: Ei mana. –me abraçou. –você vai sair dessa.

Na sala >>
Dr. Fabio: Gostaria de ficar sozinho com você Joshy e Louis. –fica só Joshy na sala e Louis.
Pai: E então?!
Dr. Fabio: Ela tem chances enormes de se recuperar, Louis me pediu pra acompanhar o tratamento, pensei que seria uma boa ideia já estão namorando, mas parece que ela não gostou.
Louis: Eu já esperava por isso, mas vou permanecer.
Joshy: Obrigado rapaz.
Dr. Fabio: Ele já esta a par de como as coisas iram acontecer e me contará todo dia como foi, haverá dias que ela vai ficar aqui no hospital, mas ficará mais em casa. Vou ser sincero Sr. Joshy, não esperava que ela soubesse sobre a mãe.
Joshy: Nem eu. Sabe algo a respeito Louis?!
Louis: Não senhor. –mentiu.

Fora da sala>>

Belly: Olha S/n, sei que não gosta de mim, mas eu desejo que melhore, de verdade.

Permaneci em silêncio nos braços de Dereck que me apertou. Logo meu pai saiu da sala acompanhado de Louis.

Pai: obrigado Louis. Nos vemos em breve.

Se despediram de Louis e fomos embora, fui pra casa com Dereck enquanto Belly ia com meu pai. Já em casa, meu pai esclareceu toda sua conversa com Dr. Fábio.

Pai: Mas agora, como soube de sua mãe?!
S/n: Ouvia tudo pela porta.
Pai: Ah meu Deus filha. Isso é coisa que se faça?!
S/n: É sim, vocês me escondiam tudo, e eu já era adulta o suficiente pra entender o que estava acontecendo.
Pai: Eu não queria te preocupar com isso, sua mãe também não.
S/n: Mas eu queria fazer parte disso e vocês tem que parar de agir pelas minhas costas. Não sou mais criança.
Pai: Tudo bem filha, me desculpe.  Mas não admito que se refira a Belly mais como fez mais cedo.
S/n: Ah qual é, eu por acaso menti?!
Belly: S/n, por favor...
S/n: Não, eu nunca aceitei e não é hoje que vou aceitar.  Eu respeito, mas não aceito. Agora se vocês me dão licença, vou para meu quarto.

E assim fiz, me joguei na cama e chorei. É demais pra mim aguenta. Perdi minha mãe e agora eu estou com leucemia, Louis vai ficar “encarregado” do meu tratamento, que droga, isso não. E Belly.  Esse com certeza deve ser o fim do mundo. É demais pra mim aceita.

Meu celular tocou, era Louis. Não atendi. Não quero falar com ninguém, nem com ele.Fiquei deitada, até alguém bater na porta, era Dereck. Entrou e se deitou comigo.

Dereck: Ei mana, não se exalte tanto com o pai. Não está sendo fácil pra gente. Primeiro a mãe, agora você e você sabe que ele é muito apegado a você, sempre foi.
S/n: eu sou um fardo pra vocês é isso?!
Dereck: Claro que não S/n, não viaja! –se exaltou.
Dereck: Nós somos sua família, nós te amamos. Para de fala besteira, nós vamos fazer de tudo pra você se curar, Louis está do seu lado. O que mais você quer?! Quer morrer é isso?! Pois fique sabendo que não vou te perde pra esse câncer.
S/n: Dereck, não quis dizer isso. Não quero morrer. Mas é que...parece ser tão difícil e Louis...
Dereck: Louis te ama!
S/n: Mas ele vai deixar de me amar. Não quero ele me tratando.
Dereck: Para de besteira, isso já está decidido.
S/n: Pra mim não está, tenta me entender.
Dereck: Eu entendo, mas nem tudo sai como a gente quer, você acha que eu queria você com essa porra desse câncer?! Não, eu não queria. Você acha que eu queria estar solteiros a cinco meses. Não, não queria.  Você acha que eu queria ouvir os gemidos do pai e da Belly de madrugada?!
S/n: Me poupe desses detalhes Dereck. –rimos.
Dereck: Ai que sorriso lindo gente. –apertou minhas bochechas.
S/n: Para. –reclamei e ele riu.
Dereck: Mas agora falando sério. Você sabe que eu sempre estive do seu lado e sempre vou estar. Eu te amo mana. –beijou minha testa e saiu do quarto.

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