LITTLE THINGS
3° CAPITULO
Fiquei o
resto do dia no meu quarto, não quis almoçar, meu pai veio falar comigo, mas
não quis sair. Pela quarta vez alguém bateu na porta e entrou. Olhei e era
Louis, ele se aproximou e sentou na minha frente. Eu estava deitada agarrada a
um travesseiro e uma porta retrato da minha mãe nas mãos.
Louis: Oi.
–disse calmo.
S/n: Oi.
Louis: Fala
comigo, por favor.
Me sentei na
cama e enxuguei as lágrimas.
Louis: Me
desculpa, tá legal. Eu não pensei duas vezes quando Dr. Fabio me disse e
...pensei que seria uma boa ideia. Eu só quero cuidar de você. –acariciou meu
rosto.
S/n: Não
Louis. Isso vai atrapalhar nosso namoro. –olhei em seus olhos.
Louis: Eu
estou começando a achar que você não me quer por perto. –se afastou um pouco.
S/n: É claro
que eu quero Louis, mas como meu namorado.
Louis :Que
diferença isso vai fazer?! Eu sempre vou ficar do seu lado.
S/n: Tudo
bem Lou, não vou mais discutir. –dei me por vencida, joguei-me na cama e
respirei fundo.
Até mesmo
porque não vai nos levar em nada e eu já estava cansada de ficar discutindo a mesma coisa. Ficou me encarando. Louis subiu mais na cama se aproximando. Seus
olhos alternavam entra minha boca e meus olhos. Senti seu delicioso perfume.
S/n: Lou...
Louis: Que
eu me lembrê você é minha namorada e eu posso te beijar quando eu quiser.
E assim fez,
me puxou pra perto juntando nossos lábios. Foi um beijo carinhoso e calmo.
Louis:Eu te
amo, brigona.
S/n: Eu
também.
Louis
continuou sobre mim dando vários selinhos.
Louis: Vamos
sair?!
S/n: Ah não.
Louis:
Vamos, por favor! Só um pouquinho.
Fez bico e
me puxou pelos braços. Me olhou sério.
Louis: Não
vou deixar ficar enfurnada nesse quarto o tempo todo.
Demorei mas
acabei cedendo. Lavei meu rosto e passei um pouquinho de maquiagem e saímos.
Dias
depois>
Desde que
comecei com a quimioterapia, parece que só piorei. Meu cabelo caia mais, minhas
roupas caiam, meu estomago regirava o tempo todo, eu vomitava com os remédios
por serem fortes. Louis ficava desesperado quando me via vomitando.
Infelizmente
hoje, iria perde todo meu cabelo. Não queria rapar minha cabeça, mas Dr. Fabio
disse que é melhor.
Eu estava
esperando a cabeleireira chegar, Dereck estava deitado com a cabeça no meu colo,
nesses últimos dias ele tem ficado bem mais próximo, já meu pai, se afastará.
Dereck disse que ele não esta suportando isso. Quem não esta suportando isso
sou eu. Passando por tudo isso e ele longe de mim.
A campainha
tocou e Nora foi abrir a porta, era a cabeleireira. Dereck logo se levantou.
XXX: Olá!
–disse sorridente. Só de ver essa cena meu estomago embrulhou.
Sentei-me na
cadeira no canto da sala, onde Nora tinha deixado arrumado para a ocasião...
XXX: Pronto.
Eu não
conseguia parar de chorar. Meus lindos cachinhos tinham ido embora.
XXX:
Gostaria de ver?!
S/n: Não!
-Dereck me abraçou.
Dereck:
Contínua linda.
S/n:
Mentiroso. –disse entre lágrimas.
Dereck: Ah
não, pode para. Me ajuda aqui Nora.
Nora estava
quase chorando, sorriu fraco e concordou com Dereck. Me levantei da cadeira e
subi para o meu quarto. Fechei a porta e me joguei na cama chorando.....
Me olhei no
espelho do banheiro. Estava magra, muito magra. Sem cabelo, olhos inchados de
tanto chorar. Eu estava morta. Parecendo uma zumbi, uma competa zumbi.
Terminei de
me vestir, coloquei uma toquinha. Logo Louis estaria aqui. Nora fez um lanche
pra mim, mas meu estomago rejeitava. Deitei-me e me cobri. Um pouco depois,
Louis entrou no quarto.
Louis: Por
que não me esperou?! –disse um pouco brabo.
S/n: Não
queria que você visse. –me encolhi mais na cama.
Beijou minha
testa e sentou do meu lado.
Louis: Você tem que me deixar participar disso com você. Qual é o problema?!
S/n: Não Louis, isso seria de mais. -suspirou.
Louis: Você
precisa comer. –olhou para o prato ao lado da cama.
S/n: Não
consigo.
Louis:
Precisa tentar.
S/n: Pra
colocar tudo pra fora de novo?! –disse um pouco ríspida.
Louis respirou
fundo.
Louis: Vamos
dar uma volta?!
S/n: Quê?!
Você acha mesmo que eu vou sair?!
Louis: E
vai. Ah S/n, Você não ta morrendo.
S/n: Como
não?! Olha pra mim Louis, eu to parecendo um zumbi.
Louis: Para
de pensar assim, caramba.
Louis estava
ficando nervoso. Mas eu não quero fazer nada, não quero saber de nada. Louis
foi pegar os remédios. Que droga.
S/n: Ta
legal, vamos dar uma volta.
Louis: Isso
não vai fazer você escapar dos seus medicamentos.
Tomei meus
remédios, peguei um casaco e saímos. Fomos a uma sorveteria que sempre íamos
mesmo antes de começarmos a namorar. Estava lotada, me arrependi de sair de
casa, eu estava ridícula. Louis apertou minha mão. Escolhi uma mesa reservada
enquanto ele ia pegar os sorvetes. De longe o observei. Uma garota, quase do
seu tamanho conversava animadamente com ele, usava uma blusa muito decotada.
Quando vinha em minha direção, parecia entediado, parando em minha frente,
virou-se para a garota.
Louis: Essa
é minha namorada.
Ela me olhou
e sorriu forçado.
XXX: Ah, legal.
Com licença.
Louis
gargalhou e sentou-se.
Louis:
Coitada.
Entregou-me
meu sorvete. Mas na minha cabeça, a cena se repetia várias vezes, sempre foi
assim e sempre vai ser. Eu tenho que colocar um basta nisso.
Louis: Ei,
se anima um pouco, por favor.
S/n: Eu não
consigo.
Louis
segurou minhas mãos.
Louis: Eu
estou do seu lado, sempre vou estar, prometo.
S/n: Não me
prometa nada, Lou. –olhou-me brabo.
S/n:
Desculpa.
Tomamos
nosso sorvete, as vezes Lou fazia caretas, quando eu ria me sujava com sorvete,
inevitável eu não rir. Quando terminamos, fomos pra minha casa. Ao entrar meu pai acabará de descer a escada,
quando me viu sorriu.
Pai: É bom
vê-la alegre. –encolhi-me um pouco perto de Lou, ultimamente ele se afastará um
pouco, até estranha quando ele resolvia aparecer e até mesmo falar algo.
S/n: Oi pai.
Ele se
aproximou e me deu um beijo na bochecha.
Pai: Como se
sente?
S/n: Bem.
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